
Adriana Barbarini
Algumas de
minhas mudanças
As maiores mudanças durante o processo foram internas, embora o fato de largar minha carreira de executiva para escrever um livro tenha tido um grande impacto em minha vida.
Sinto a transformação em minhas entranhas! Algo mudou dentro de mim no processo de costurar minha colcha de retalhos. Ao finalizar essa etapa, parece que não me encaixo mais no antigo espaço ocupado. Minha intenção é levar para outras pessoas um pouquinho do que aprendi e estou aprendendo na escola da vida, inspirando para que cada ser resgate seus próprios aprendizados e histórias para reconhecer o universo pessoal onde habita e respeitar o universo do próximo, que provavelmente é bem diferente. Cada um constrói seu próprio mapa e, de acordo com a Programação Neurolinguística, mapa não é território.
Segundo Maslow, quando fazemos uma mudança no alto da pirâmide, no plano espiritual, relacionado a nossa experiência de pertencer a um sistema muito mais amplo que nossa própria identidade (trans-missão), ela se repercute em todos os demais níveis abaixo da pirâmide: identidade, crenças e valores, capacidades, comportamentos e ambientes. Quando mudamos qualquer nível abaixo, ele não altera os níveis acima.
Uma mudança de crença gera mais ou menos duas mudanças de capacidade, que geram duas mudanças de comportamento, que geram oito mudanças no ambiente. Imagine uma mudança maior no nível espiritual? Os números são fictícios, somente para exemplificar a Teoria de Maslow aplicada à PNL e à minha vida.
Eu digo sim à vida, e a transmutação sempre me acompanha. Ao trilhar o caminho desconhecido, pessoas aparecem e o novo surge. Foi exatamente dessa maneira que ao finalizar meu livro, fui parar em um curso de pós-graduação em psicologia transpessoal.
Participei de um curso sobre Teoria U ministrado na Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o MIT. Lá fiz uma nova amizade e ela insistiu muito para eu ir ao seminário do Stanislav Grof, um dos fundadores da psicologia transpessoal que estaria no Brasil. Fui e me encantei! Ele descreveu meu processo em cinco minutos de conversa.
Foi lá também que conheci a fascinante Vera Saldanha, uma das pioneiras em psicologia transpessoal no Brasil, ela me convidou para almoçar e falou sobre a pós na Associação Luso-Brasileira de Transpessoal (Alubrat). Só para resumir, me inscrevi e na primeira aula do curso de dois anos decidi encaminhar meu livro para a Vera ler e a convidei para fazer o prefácio do mesmo, para minha alegria ela aceitou. No meio do curso entendi que escrevi um livro totalmente transpessoal sem ter o menor conhecimento sobre o assunto. Simplesmente seguindo minha intuição, acessei uma parte de meu inconsciente e também do inconsciente coletivo, onde todos nós estamos ligados na teia cósmica.
Me formei em Psicologia Transpessoal e aprendi técnicas incríveis para aplicar com meus clientes e ajudá-los no processo do autoconhecimento e desenvolvimento espiritual através de suas próprias experiências de vida.
Aqui estou, no caminho da constante autotransformação, me reconstruindo a cada dia, buscando a mim mesma, amando intensamente, alimentando sonhos, experimentando, percorrendo o caminho no preparo para que eu seja “a pessoa que eu estava esperando”.